quarta-feira, 30 de julho de 2014

A ADORAÇÃO VERDADEIRA

João 4:23,24
Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de nós afim de expressarmos louvor às qualidades de Deus. Seja através da música, do serviço, da oração ou de outra forma de expressarmos adoração, pensamos que o louvor é original conosco. A adoração verdadeira é produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração que Deus deseja receber do homem?

Definição de Adoração
O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbete adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio Eletrónico). As palavras equivalentes a adoração no Velho Testamento significam ajoelhar-se a, prostrar-se (#7812, Strongs) como em Êx. 20:5. As palavras equivalentes a adoração no Novo Testamento significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar para mostrar culto ou submissão, respeito ou suplica (#4352, Strongs) como em Mat. 4:10 e João 4:24.

As Astutas Ciladas do Diabo

 
Talvez a arma mais  poderosa de satanás na sua guerra contra a Igreja seja exatamente o erro religioso (Efésios 6:10-20). Talvez não haja uma arma mais eficaz do que esta: difundir o erro de tal forma que as pessoas fiquem confusas e, assim, a verdade do Evangelho e o progresso da Igreja seja obstaculado.
         Vemos no texto de Efésios que o apóstolo Paulo nos adverte a  estarmos prontos porque nós temos de lidar com um adversário astuto, muito mais poderoso do que nós e que emprega ciladas sutis, armadilhas espertas, disfarçadas. Creio que uma das mais eficazes ciladas que ele usa neste combate contra a Igreja é exatamente difundir o erro religioso em meio à Igreja para confundir as pessoas e para afastá-las da verdade de Deus. As heresias, o erro teológico têm sido usados pelo diabo contra a Igreja de Cristo desde que a Igreja nasceu. Ele tem afetado a Igreja e os crentes através da história.
         O apóstolo João nos diz no livro de Apocalipse 12:9, na  sua visão, que viu na ilha de Patmos uns espíritos que ele classifica como espíritos enganadores:

"E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo...".  Apocalipse 12.9
        E ainda no capítulo 13:11-15 ele diz que viu outra besta emergir da terra, descreve esta besta e diz no versículo 12 que ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. No versículo 13 diz que ela opera grandes sinais que faz com que os que habitam na terra façam imagens à besta, aquela que foi ferida a espada e sobreviveu. Então, João quando está narrando o conflito do diabo com a Igreja, ele menciona esta capacidade e este poder do diabo em produzir sinais, prodígios e ensinos de mentira com o propósito de desviar a Igreja da presença de Deus ou da verdade de Deus. Por isso, precisamos estar alerta.
         Nosso texto nos adverte contra estas coisas. Muitas pessoas têm caído,  na igreja, vítimas das ciladas do erro religioso. Não somente das seitas que estão lá fora, mas do erro religioso que brota dentro da igreja. Creio que faz parte de tomar a armadura de Deus prepararmo-nos conhecendo as estratégias de satanás sobre este assunto. Hoje tem sido muito pouco enfatizado no moderno Movimento de Batalha Espiritual este aspecto que eu considero importante. Embora estejamos gratos porque o movimento tem despertado a igreja para o conflito em que ela se encontra, por outro lado observamos uma fraqueza neste movimento que é identificar a obra maligna em apenas questões como a doença, problemas físicos e ocasionais, esquecendo-se que a maior arma do diabo, que sua maior estratégia é exatamente o erro religioso; a difusão da mentira e que contra isso não existe uma solução fácil como amarrar esse ou aquele demônio de mentira. Não existe uma solução fácil de determinar que o demônio pare com isso. A única solução é que a Igreja se vista da verdade. Veja que esta é a primeira peça que Paulo nomeia na armadura - a verdade. Isto é muito importante! Ele começa exatamente com a verdade, pois só quando a Igreja professa e crê na verdade é que ela tem condições de resistir ao erro religioso. Ela pode "amarrar" quantos demônios queira e possa, determinar e declarar a queda de quantas fortalezas existam, pode fazer tudo isso, mas se ela não se revestir da VERDADE da Escritura, de nada valerão estas declarações.

domingo, 27 de julho de 2014

Batalha Espiritual

 I   INTRODUÇÃO

 Não temos mais dúvidas que Deus quer que todo o Povo que se chama pelo "Seu Nome", conheça e descubra esta realidade, porque nela está o segredo da vitória em nossa vida no dia a dia. Conforme advertência do profeta Oséias no capítulo 4.6 "O meu povo é destruído porque lhe falta conhecimento".


II -   OS DOIS REINOS
Mateus 11: 2 "Desde os dias de João Batista até agora o reino dos céus é tomado por esforço (à força em outras traduções) e os que se esforçam se “apoderam dele” (do grego harpazein = apanhar, agarrar, arrebatar).

Jesus velo para implantar o seu Reino num lugar que foi criado por seu Pai, e entregue aos homens, mas adquirido por meios ilícitos por satanás. Ele é o "posseiro" que implantou um Reinado na terra ("Este mundo jaz no maligno") e não quer devolver ao legítimo proprietário

Estabeleceu-se aí uma luta, declarada em Gênesis 3:15, explodida com a vinda de Jesus à terra e que só terminará quando Jesus entregar o Reino ao Pai, conforme registrado em I Coríntios 15:2 4. "Então virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver destruído todo o domínio, e toda autoridade e todo o poder. ".

Mas esta luta não é da carne, mas espiritual,  e é explicada por Jesus em Matéus 12:28 "Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós".

Obviamente quando o posseiro é expulso, o reino de Deus entra. E a força, é com luta e luta espiritual. Quando você se convencer desta verdade, descobrirá que em sua vida particular acontecem certas dificuldades, sem você saber porque, de onde vem, apesar de estar orando, jejuando e de estar firme na Obra do Senhor, não é verdade?

Talvez aqui esteja a resposta porque o projeto de evangelização das Igrejas muitas vezes não tem o resultado desejado. Satanás não quer entregar as vidas que estão cativas em suas mãos. Não é o melhor método de evangelização ou a melhor estratégia de evangelização que vai resolver este aspecto, mas a luta espiritual. Satanás só arreda o pé de seu lugar, quando é expulso. E expulsar não é metodologia ou programas ou planos, mas é autoridade no meio da Guerra. Veja o exemplo de Jesus. Passou a maior parte do seu ministério expulsando demônios das pessoas que o procuravam, para primeiro libertá-las.

O Reino de Deus só é implantado quando o Reino do Inferno é subjugado.

III - A MISSÃO DE RESGATÉ DO SER HUMANO
Depois que Adão entregou a terra para o domínio de satanás, Deus preparou um Plano de Resgate que fosse completo e perfeito como Ele é. JESUS CRISTO.

I João 3:8  (2ª. parte). . . Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.

A Salvação do Homem ou o Resgaté do Homem à sua condição inicial, conforme Lucas 19:10, passa obrigatoriamente pela destruição das obras do Diabo.

Afirmamos que:
"SEM LIBERTAÇÃO NÃO HÁ SALVAÇÃO"
Quando Paulo estava fazendo a sua defesa diante do Rei Agripa, ele afirmou qual foi a ordem que ele recebeu de Deus para o seu ministério (Atos 26:18) "para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim,"

É LUTA ESPIRITUAL

Por isso, este mesmo apóstolo Paulo pode escrever em Efésios 6:10 a 18, em detalhe o que é uma Luta Espiritual. Em especial o verso 12:  "Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, e contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes"

Jesus veio a este mundo para destruir as obras do diabo. Aquele que segue o seu Mestre, tem compromisso de ser continuador desta obra. Somos verdadeiramente "Guerrilheiros de Jesus".

É uma verdadeira MISSÃO de resgate de almas preciosas que estão em poder de satanás. Jesus iniciou (conforme Lucas 4:18) e a Igreja continua esta obra de resgate. Colossenses 1:13

OBSERVAÇÃO: Quem não estiver ciente de que há uma luta espiritual, está como que entorpecido e numa condição perigosa. E as seitas estão aí para dizer que não existem problemas, e que está tudo bem. Veja por exemplo a Ciência Cristã, que ensina, que não há conflitos, não existem doenças, não existem dores, e por não existirem, você deve ficar repetindo isto a si próprio até persuadir se e se tornar feliz para sempre.

Em Mateus 16:18 está escrito: “As portas do inferno (do grego=hades) não prevalecerão contra a Igreja”.

Este texto   não está falando em defensiva, ou seja, ficarmos trancados dentro das paredes das nossas igrejas, orando, jejuando, louvando, porque ali o inferno não entra. Não é Isso o que Jesus quis dizer. Mas é ataque. ! Entre nos locais onde o inferno está, e arranque de lá as vidas cativas a satanás, e as leve para o reino dos céus, e as portas do inferno não prevalecerão (serão arrombadas).

Deus está procurando nestes últimos dias Guerreiros que possam executar esta obra. Aquele que não se prepara é como o Rei de Lucas 14:31-32 (ficará no meio do caminho).

IV - A NOSSA BATALHA É NAS REGIÕES CELESTES

Agora que você já entendeu que estamos numa Batalha Espiritual, precisamos entender os lugares da batalha, e onde nos encontramos.

O que é região celeste?  É uma posição. É um lugar. Paulo define que é neste lugar que se concentra as forças de guerra dos dois lados.

Vejamos:  
Efésios 1:3  "É o lugar onde Deus Pai está ".
Efésios 1:20 "É o lugar onde Jesus, depois de ressuscitado, está ".
Efésios 2:4 a 6 "É o lugar daqueles que aceitaram a Jesus como Senhor de suas vidas, o lugar da Igreja de Deus".

Efésios 3:10 "É o lugar dos principados e potestades do império das trevas"

Efésios 6:12 "É lugar da GUERRA"

A CHAVE É A ORAÇÃO (Efésios 6:18)
Você deve estar pensando, como entrar nas regiões celestes para guerrear e vencer. Só há uma maneira. A maneira pela qual entramos nas regiões celestes para guerrearmos é a ORAÇÃO.

ORAÇÃO: É o combustível que move os anjos do Senhor. Oração move o braço de Deus em favor das pessoas que estamos intercedendo para serem salvas, Lembre-se, Deus jamais moverá seu braço em vão (à toa).

Alguns exemplos bíblicos de Guerra Espiritual e a importância da Oração com meio de mover as regiões celestes:

a) Daniel 10:1,2,3, e 10:13;
b) Jesus  Lucas 4:1-2;
c) Paulo  Atos 16:1 6 18 e Atos 19:1- 20

Os grandes avivamentos só aconteceram como resultados de orações do povo de Deus.

vI - AS NOSSAS ARMAS DE GUERRA

Numa guerra física, o soldado preparado usará a arma certa no momento certo. Imagine um soldado com um simples revolver enfrentando um tanque de guerra. Imagine um soldado com uma roupa simples, enfrentando um outro com armadura completa. Cada arma tem um significado e um uso específico, assim também é no reino espiritual.

1. ARMA DE DEFESA:  O SANGUE DE JESUS (Hebreus 9:1 8  22 e Ex. 12:2 3)

Quando o anjo da morte passou no Egito naquele noite fatídica, ele não pôde entrar nas casas onde havia sangue nos umbrais das portas e janelas. O sangue foi marca de defesa. Guarde bem isto. O sangue de Jesus não é para expulsar demônios. O sangue de Jesus é arma de defesa.

Quando você sai de casa de manhã, e ora, "Senhor Jesus, cobre me com teu sangue, cobre o meu carro com teu sangue" você está protegido naquele dia contra qualquer ataque do diabo sobre a sua vida, e de seu carro. Hoje nas escolas estaduais, municipais e particulares, muitos professores estão trazendo com muitas sutilezas ensinamentos da Nova Era, (meditação, técnicas de relaxamento mental) para crianças de 6, 7 e 8 anos de idade. O que fazer, tirar os filhos das escolas, não. Ore diariamente sobre o teu filho (sempre que ele for à escola). "Senhor Jesus cobre a mente do meu filho com o sangue de Jesus". Pronto! Nenhum ensinamento do diabo fará dano sobre a mente do seu filho.

2. ARMA DE ATAQUE:  O NOME DE JESUS (Marcos 16:1 7,18)

O nome de Jesus funciona! Mas cuidado! O nome de Jesus não é um nome mágico. Ele só funciona para quem tem autoridade para usá-lo, e para isto é necessário ter intimidade com ele, ser amigo dele, buscá-lo constantemente e colocá-lo em primeiro lugar em sua vida. A Bíblia relata um episódio de algumas pessoas que usaram o nome de Jesus sem autorização e se deram muito mal. Veja Atos 19:13 a 16, a história dos filhos de Ceva.

3. ARMA DE APOIO:  OS ANJOS DE DEUS ( Hebreus 1:1 3,14   Salmo 91:11)

A maior alegria dos anjos de Deus é servir os servos de Deus. A própria Bíblia nos ensina que "eles são espíritos, ministradores a favor daqueles que vão herdar a salvação". (Heb. 1:1 3 14)

Alguém disse certa ocasião que a expressão sobre os anjos registrada no Livro de Apocalipse 5:1  "milhões de milhões e milhares de milhares" é uma expressão matemática que perfeitamente calculada daria um número tão grande, que dividido pelo número de habitantes do planeta terra, chegaria a um resultado do tipo 20.000 (vinte mil) anjos para cada habitante da terra. Como, infelizmente, a maioria ainda está debaixo da ação de demônios, o número de anjos disponíveis para os filhos de Deus é muito maior.

CUIDADO. A Nova Era tem ensinado atualmente muito sobre anjos, para que as pessoas possam ter o seu anjo de proteção como guia. Isto é espiritismo puro. Veja o que a Palavra de Deus ensina. Nós não podemos dar ordens a anjos, somente o Senhor Deus pode: Salmos 91:11 "Deus dá, ordem aos seus anjos para nos guardarem". O que você deve é pedir à Deus através de Jesus e assim acontecerá. Disse Jesus: " Tudo o que me pedirdes em meu nome eu o farei”  João 14:14


4. ARMA ESTRATÉGICA: UNÇÃO COM ÓLEO (Isaías 1O:2 7)

É importante esclarecer que NÃO estaremos falando de unção com óleo para cura das enfermidades. Esta questão de unção para cura está doutrinada em Tiago 5.14 " Está alguém entre vós doentes? Chame os presbíteros (ancião, líderes instituídos de autoridade) da igreja, e orem sobre ele ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente; o Senhor o levantará. Se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. "

O que queremos tratar aqui como arma estratégica é a unção que quebra o jugo.
Você já evangelizou uma geladeira? Se não, faça esta experiência ainda hoje. Abra a tua geladeira, coloque o rosto lá dentro e fale de Jesus para ela. O que você receberá em troca será um gelo só, sem resposta. Mas com certeza você já deve ter tentado falar de Jesus para pessoas que pareciam uma "geladeira" e não adiantou nada. As palavras batiam e voltavam, não é verdade? Estas pessoas estão debaixo de forte jugo e só a unção que quebra o jugo pode resolver,

A UNÇÃO QUEBRA O JUGO

5. ARMADURA DE DEUS (Efésios 6:1 3 17)

CHAVE PRINCIPAL: "FORTALECEI VOS NO SENHOR E NA FORÇA DO SEU PODER. REVESTI-VOS DE TODA A ARMADURA DE DEUS" Efésios 6:1 O 11

Além das armas, você precisa estar totalmente vestido com a Armadura para que as setas do diabo não possam lhe atingir. E Paulo, que conhecia muito bem o exército romano, e suas armaduras, faz uma comparação com a ARMADURA DE DEUS:

A) CAPACETE DA SALVAÇÃO   Para proteger a sua mente. Lembre se, o ataque do diabo é sobre a mente, pois ali está o seu Livre Arbítrio. E aí que você decide se quer ou não quer, se faz ou não faz, etc. Com o capacete da salvação, já que você aceitou Jesus como Senhor da sua vida você passa a ter a mente de Cristo.
B) CORAÇA DA JUSTIÇA  Apesar da palavra couraça, vir de couro, como era feita a roupa dos soldados romanos, a nossa couraça é da justiça. O que nos justifica? O sangue de Jesus. A nossa couraça é feita de sangue, o sangue de Jesus.
C) CALÇADO DA PREPARAÇÃO DO EVANGELHO DA PAZ   Não é arrancar folhas da Bíblia e colocá-las dobradas como palmilhas no seu sapato, Não vai adiantar nada. Mas é vestir o evangelho verdadeiro de Jesus (Boas Novas) e ser o portador da paz onde quer que você vá. É fácil entender. Você já teve um amigo chato. Aquele camarada que quando chega, todos saem. Ninguém quer a companhia dele. Aquele que tem o calçado da preparação do evangelho da paz é exatamente o contrário. Todos gostam quando ele chega. Onde quer que ele esteja, entra um ambiente de paz que as pessoas logo percebem.
D) ESCUDO DA FÉ O soldado romano normalmente usava um escudo redondo no braço esquerdo para se proteger das setas do inimigo. Quando alguma seta passava, tocava na couraça e não penetrava. Da mesma forma temos um Escudo que é o da Fé, para apagar os dardos inflamados do maligno. Quando chegar uma seta de enfermidade levante o escudo da fé, e diga "Conforme Isaías 53:4 e 5 - Jesus Cristo levou sobre Ele todas as minhas dores e enfermidades e pela suas pisaduras eu fui sarado.
Quando o maligno enviar uma seta de cansaço e desânimo, levante o escudo da fé, e diga. "Conforme Isaías 40:31 – O Senhor renova as forças daqueles que confiam nele", etc, etc.
E) A ESPADA DO ESPÍRITO   É a palavra de Deus. Use-a como espada. Está escrito "Apocalipse 20:10   E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de  enxofre,  onde estão a besta e  falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Jesus ao enfrentar o diabo no deserto, ( vide Lucas 4:1 a 13) usou como arma a espada   "ESTÁ ESCRITO".
F) O CINTO DA VERDADE   Propositalmente este item foi deixado para o final. Cinto é usado para segurar as calças. O cinto da verdade segura a Armadura de Deus. Qualquer mentira que sair de sua boca, você perde o cinto da verdade, e toda a sua armadura cai, e você fica nu diante do inimigo. Não existe para o cristão "mentirinha" "mentira santa", etc. MENTIRA É MENTIRA E PECADO.

vi -  CONCLUSÃO

Agora você está preparado para entrar nesta guerra que já tem um vencedor determinado: Jesus Cristo e você; e um perdedor definido:  Satanás e todo o seu inferno

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A Disciplina na Igreja

Muitos são tão impactados por Deus na sua conversão e experimentam uma transformação tão grande, que chegam a pensar que todos na igreja são perfeitos. Porém, não é necessário muito tempo para descobrir que isto não é verdade; todos somos falhos e imperfeitos, e na igreja encontraremos falhas, erros e limitações. 

A maneira de se lidar com estes erros é com amor e paciência; vamos nos ajustando aos poucos e assim prosseguimos. Mas quando se trata de pecado, a igreja deve agir diferente, deve usar de disciplina. 
Na igreja encontraremos todo tipo de gente; aqueles que querem levar Deus a sério, e os que não. O Senhor Jesus disse que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: bons e ruins (Mt.13:47,48); nesta mesma ocasião Jesus também ilustrou isto de outra forma, falou acerca do joio e do trigo para mostrar que na igreja temos todo tipo de gente. O Senhor nos preveniu que haveria escândalos em nosso meio (Mt.18:7), deixando claro que estes por quem vem os escândalos serão julgados, mas que é inevitável que isto ocorra.
Quando o evangelho é proclamado, a pessoa é convidada a vir a Deus como está, mas depois que passa a pertencer à Igreja do Senhor terá que se ajustar à Sã Doutrina.
Todos somos falhos e pecamos. Como diz a Escritura "Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós"(I Jo.1:4). Portanto, não é qualquer pecado que nos fará sermos disciplinados, senão viveríamos só de disciplina. Quando pecamos, devemos nos arrepender e confessar nossos pecados e seremos perdoados (I Jo.1:9); a disciplina é para tratar com quem peca e não quer se arrepender, insistindo em viver no pecado.

Somos um corpo


Não podemos perder de vista que ninguém vive espiritualmente isolado; somos membros uns dos outros e constituímos um só corpo. Quando alguém passa a viver no pecado fere não só a si mesmo, mas também ao corpo de Cristo!
O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo Israel e como foi necessário que ele fosse julgado (Js.7:11-26). O Novo Testamento enfatiza muito a idéia do corpo; quando Jesus envia sua mensagem a cada uma das sete igrejas da Ásia (Ap.2 e 3), ele as trata como um todo tanto ao falar de suas virtudes como também de seus erros.

Os Quatro Níveis da Disciplina na Igreja

Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento:
"Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada.E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano". 
Mt.18:15-17.
Há quatro níveis distintos no processo de disciplina que o Senhor ensinou:
1. Repreensão pessoal;
2. Repreensão com testemunhas;
3. Repreensão pública;
4. Exclusão.
Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a com testemunhas em segundo, a diante da igreja em terceiro e só então a exclusão em quarto lugar. Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis.
Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração. 

Repreensão pessoal

Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. E não são necessariamente ligados ao presbitério, pois no corpo de Cristo ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes de célula e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo. Veja alguns deles: 
"Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos..." 
I Tessalonicenses 5:14. 
"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima" 
Hebreus 10:25.
"Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" 
II Timóteo 2:24,25.
Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com mansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja (os presbíteros) assuma a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios (II Co.13:2 e 10).

Repreensão com Testemunhas

As 95 Teses de Martinho Lutero

(Versão bilíngüe, com texto original em latim)

Amore et studio elucidande veritatis hec subscripta disputabuntur Wittenberge, Presidente R. P. Martino Lutther, Artium et S. Theologie Magistro eiusdemque ibidem lectore Ordinario. Quare petit, ut qui non possunt verbis presentes nobiscum disceptare agant id literis absentes.
In nomine domini nostri Hiesu Christi.
Amen.

1. Dominus et magister noster Iesus Christus dicendo ‘Penitentiam agite &c.’ omnem vitam fidelium penitentiam esse voluit.
2. Quod verbum de penitentia sacramentali (id est confessionis et satisfactionis, que sacerdotum ministerio celebratur) non potest intelligi.
3. Non tamen solam intendit interiorem, immo interior nulla est, nisi foris operetur varias carnis mortificationes.

4. Manet itaque pena, donec manet odium sui (id est penitentia vera intus), scilicet usque ad introitum regni celorum.

5. Papa non vult nec potest ullas penas remittere preter eas, quas arbitrio vel suo vel canonum imposuit.
6. Papa non potest remittere ullam culpam nisi declarando, et approbando remissam a deo Aut certe remittendo casus reservatos sibi, quibus contemptis culpa prorsus remaneret.

7. Nulli prorus remittit deus culpam, quin simul eum subiiciat humiliatum in omnibus sacerdoti suo vicario.
8. Canones penitentiales solum viventibus sunt impositi nihilque morituris secundum eosdem debet imponi.
9. Inde bene nobis facit spiritussanctus in papa excipiendo in suis decretis semper articulum mortis et necessitatis.
10. Indocte et male faciunt sacerdotes ii, qui morituris penitentias canonicas in purgatorium reservant.
11. Zizania illa de mutanda pena Canonica in penam purgatorii videntur certe dormientibus episcopis seminata.
12. Olim pene canonice non post, sed ante absolutionem imponebantur tanquam tentamenta vere contritionis.
13. Morituri per mortem omnia solvunt et legibus canonum mortui iam sunt, habentes iure earum relaxationem.
14. Imperfecta sanitas seu charitas morituri necessario secum fert magnum timorem, tantoque maiorem, quanto minor fuerit ipsa.
15. Hic timor et horror satis est se solo (ut alia taceam) facere penam purgatorii, cum sit proximus desperationis horrori.

16. Videntur infernus, purgaturium, celum differre, sicut desperatio, prope desperatio, securitas differunt.
17. Necessarium videtur animabus in purgatorio sicut minni horrorem ita augeri charitatem.

18. Nec probatum videtur ullis aut rationibus aut scripturis, quod sint extra statum meriti seu augende charitatis.

19. Nec hoc probatum esse videtur, quod sint de sua beatitudine certe et secure, saltem omnes, licet nos certissimi simus.

20. Igitur papa per remissionem plenariam omnium penarum non simpliciter omnium intelligit, sed a seipso tantummodo impositarum.
21. Errant itaque indulgentiarum predicatores ii, qui dicunt per pape indulgentias hominem ab omni pena solvi et salvari.
22. Quin nullam remittit animabus in purgatorio, quam in hac vita  debuissent secundum Canones solvere.
23. Si remissio ulla omnium omnino penarum potest alicui dari, certum est eam non nisi perfectissimis, i.e. paucissimis, dari.
24. Falli ob id necesse est maiorem partem populi per indifferentem illam et magnificam pene solute promissionem.
25.Qualem potestatem habet papa in purgatorium generaliter, talem habet quilibet Episcopus et Curatus in sua diocesi et parochia specialiter.
[26] Optime facit papa, quod non potestate clavis (quam nullam habet) sed per modum suffragii dat animabus remissionem.
[27] Hominem predicant, qui statim ut iactus nummus in cistam tinnierit evolare dicunt animam.
[28] Certum est, nummo in cistam tinniente augeri questum et avariciam posse: suffragium autem ecclesie est in arbitrio dei solius.
[29] Quis scit, si omnes anime in purgatorio velint redimi, sicut de s. Severino et Paschali factum narratur.
[30] Nullus securus est de veritate sue contritionis, multominus de consecutione plenarie remissionis.
[31] Quam rarus est vere penitens, tam rarus est vere indulgentias redimens, i. e. rarissimus.

[32] Damnabuntur ineternum cum suis magistris, qui per literas veniarum securos sese credunt de sua salute.
[33] Cavendi sunt nimis, qui dicunt venias illas Pape donum esse illud dei inestimabile, quo reconciliatur homo deo.

[34] Gratie enim ille veniales tantum respiciunt penas satisfactionis sacramentalis ab homine constitutas.
[35] Non christiana predicant, qui docent, quod redempturis animas vel confessionalia non sit necessaria contritio.
[36] Quilibet christianus vere compunctus habet remissionem plenariam a pena et culpa etiam sine literis veniarum sibi debitam.

[37] Quilibet versus christianus, sive vivus sive mortuus, habet participationem omnium bonorum Christi et Ecclesie etiam sine literis veniarum a deo sibi datam.
[38] Remissio tamen et participatio Pape nullo modo est contemnenda, quia (ut dixi) est declaratio remissionis divine.
[39] Difficillimum est etiam doctissimis Theologis simul extollere veniarum largitatem et contritionis veritatem coram populo.

[40] Contritionis veritas penas querit et amat, Veniarum autem largitas relaxat et odisse facit, saltem occasione.

[41] Caute sunt venie apostolice predicande, ne populus false intelligat eas preferri ceteris bonis operibus charitatis.

[42] Docendi sunt christiani, quod Pape mens non est, redemptionem veniarum ulla ex parte comparandam esse operibus misericordie.

[43] Docendi sunt christiani, quod dans pauperi aut mutuans egenti melius facit quam si venias redimereet.
[44] Quia per opus charitatis crescit charitas et fit homo melior, sed per venias non fit melior sed tantummodo a pena liberior.

[45] Docendi sunt christiani, quod, qui videt egenum et neglecto eo dat pro veniis, non idulgentias Pape sed indignationem dei sibi vendicat.
[46] Docendi sunt christiani, quod nisi superfluis abundent necessaria tenentur domui sue retinere et nequaquam propter venias effundere.

[47] Docendi sunt christiani, quod redemptio veniarum est libera, non precepta.
[48] Docendi sunt christiani, quod Papa sicut magis eget ita  magis optat in veniis dandis pro se devotam orationem quam promptam pecuniam.
[49] Docendi sunt christiani, quod venie Pape sunt utiles, si  non in cas confidant, Sed nocentissime, si timorem dei per eas amittant.

[50] Docendi sunt christiani, quod si Papa nosset exactiones venialium predicatorum, mallet Basilicam s. Petri in cineres ire quam edificari cute, carne et ossibus ovium suarum.

[51] Docendi sunt christiani, quod Papa sicut debet ita vellet, etiam vendita (si opus sit) Basilicam s. Petri, de suis pecuniis dare illis, a quorum plurimis quidam concionatores veniarum pecuniam eliciunt.

[52] Vana est fiducia salutis per literas veniarum, etiam si Commissarius, immo Papa ipse suam animam pro illis impigneraret.

[53] Hostes Christi et Pape sunt ii, qui propter venias predicandas verbum dei in aliis ecclesiis penitus silere iubent.
[54] Iniuria fit verbo dei, dum in eodem sermone equale vel longius tempus impenditur veniis quam illi.
[55] Mens Pape necessario est, quod, si venie (quod minimum est) una campana, unis pompis et ceremoniis celebrantur, Euangelium (quod maximum est) centum campanis, centum pompis, centum ceremoniis predicetur.

[56] Thesauri ecclesie, unde Pape dat indulgentias, neque satis nominati sunt neque cogniti apud populum Christi.

[57] Temporales certe non esse patet, quod non tam facile eos profundunt, sed tantummodo colligunt multi  concionatorum.

[58] Nec sunt merita Christi et sanctorum, quia hec semper sine Papa operantur gratiam hominis interioris et crucem, mortem infernumque exterioris.
[59] Thesauros ecclesie s. Laurentius dixit esse pauperes ecclesie, sed locutus est usu vocabuli suo tempore.
[60] Sine temeritate dicimus claves ecclesie (merito Christi donatas) esse thesaurum istum.

[61] Clarum est enim, quod ad remissionem penarum et casuum sola sufficit potestas Pape.

[62] Verus thesaurus ecclesie est sacrosanctum euangelium glorie et gratie dei.
[63] Hic autem est merito odiosissimus, quia ex primis facit novissimos.
[64] Thesaurus autem indulgentiarum merito est gratissimus,  quia ex novissimis facit primos.

[65] Igitur thesauri Euangelici rhetia sunt, quibus olim piscabantur viros divitiarum.

[66] Thesauri indulgentiarum rhetia sunt, quibus nunc piscantur divitias virorum.
[67] Indulgentie, quas concionatores vociferantur maximas  gratias, intelliguntur vere tales quoad questum promovendum.

[68] Sunt tamen re vera minime ad gratiam dei et crucis pietatem comparate.

[69] Tenentur Episcopi et Curati veniarum apostolicarum Commissarios cum omni reverentia admittere.
[70] Sed magis tenentur omnibus oculis intendere, omnibus auribus advertere, ne pro commissione Pape sua illi somnia predicent.


[71] Contra veniarum apostolicarum veritatem qui loquitur, sit ille anathema et maledictus.
[72] Qui vero, contra libidinem ac licentiam verborum Concionatoris veniarum curam agit, sit ille benedictus.
[73] Sicut Papa iuste fulminat eos, qui in fraudem negocii veniarum quacunque arte machinantur.
[74] Multomagnis fulminare intendit eos, qui per veniarum pretextum in fraudem sancte charitatis et veritatis machinantur.
[75] Opinari venias papales tantas esse, ut solvere possint hominem, etiam si quis per impossibile dei genitricem violasset, Est insanire.

[76] Dicimus contra, quod venie papales nec minimum venialium peccatorum tollere possint quo ad culpam.
[77] Quod dicitur, nec si s. Petrus modo Papa esset maiores gratias donare posset, est blasphemia in sanctum Petrum et Papam.

[78] Dicimus contra, quod etiam iste et quilibet papa maiores habet, scilicet Euangelium, virtutes, gratias, curationum &c. ut 1.Co.XII.


[79] Dicere, Crucem armis papalibus insigniter erectam cruci Christi equivalere, blasphemia est.

[80] Rationem reddent Episcopi, Curati et Theologi, Qui tales sermones in populum licere sinunt.
[81] Facit hec licentiosa veniarum predicatio, ut nec reverentiam Pape facile sit etiam doctis viris redimere a calumniis aut certe argutis questionibus laicorm.
[82] Scilicet. Cur Papa non evacuat purgatorium propter sanctissimam charitatem et summam animarum necessitatem ut causam omnium iustissimam, Si infinitas animas redimit propter pecuniam funestissimam ad structuram Basilice ut causam levissimam?

[83] Item. Cur permanent exequie et anniversaria defunctorum et non reddit aut recipi permittit beneficia pro illis instituta, cum iam sit iniuria pro redemptis orare?

[84] Item. Que illa nova pietas Dei et Pape, quod impio et inimico propter pecuniam concedunt animam piam et amicam dei redimere, Et tamen propter necessitatem ipsius met pie et dilecte anime non redimunt eam gratuita charitate?

[85] Item. Cur Canones penitentiales re ipsa et non usu iam diu in semet abrogati et mortui adhuc tamen pecuniis redimuntur per concessionem indulgentiarum tanquam vivacissimi?
[86] Item. Cur Papa, cuius opes hodie sunt opulentissimis Crassis crassiores, non de suis pecuniis magis quam pauperum fidelium struit unam tantummodo Basilicam sancti Petri?

[87] Item. Quid remittit aut participat Papa iis, qui per contritionem perfectam ius habent plenarie remissionis et participationis?
[88] Item. Quid adderetur ecclesie boni maioris, Si Papa, sicut semel facit, ita centies in die cuilibet fidelium has remissiones et participationes tribueret?

[89] Ex quo Papa salutem querit animarum per venias magis quam pecunias, Cur suspendit literas et venias iam olim concessas, cum sint eque efficaces?
[90] Hec scrupulosissima laicorum argumenta sola potestate compescere nec reddita ratione diluere, Est ecclesiam et Papam hostibus ridendos exponere et infelices christianos facere.

[91] Si ergo venie secundum spiritum et mentem Pape predicarentur, facile illa omnia solverentur, immo non essent.

[92] Valeant itaque omnes illi prophete, qui dicunt populo Christi “Pax pax”, et non est pax.

[93] Bene agant omnes illi prophete, qui dicunt populo Christi “Crux crux”, et non est crux.
[94] Exhortandi sunt Christiani, ut caput suum Christum per penas, mortes infernosque sequi studeant,
[95] Ac sic magis per multas tribulationes intrare celum quam per securitatem pacis confidant.

M.D.Xvii.
Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, façam-no por escrito.
Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa[1], pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.[7]
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz![8]
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.
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